Pré-natal Odontológico

Apresentação
O pré-natal odontológico é importante para a saúde da mãe e do bebê, pois possibilita a prevenção e o tratamento de doenças da boca que podem refletir sobre a saúde dos dois. Acesse este conteúdo didático e saiba como é o tratamento odontológico da gestante e sua importância. Conheça os problemas que a saúde bucal inadequada pode causar durante a gravidez e como cuidar da saúde da boca do bebê.
- Entender a importância do pré-natal odontológico.
- Esclarecer como deve ser o tratamento odontológico no período gestacional.
- Apresentar as consequências das condições bucais inadequadas na gestação.
- Orientar sobre os cuidados com a saúde bucal do bebê.
Ficha técnica
- Odontologia
- Odontologia intra-uterina
- Odontologia para o bebê
- Saúde bucal
- Pré-natal
- Saúde
- Higiene bucal
- Cárie dentária
- Tratamento Odontológico
- Qualidade de vida
- Ensino médio e superior
Créditos
- Bianca Zimmermann dos Santos
- Gabriela Bohrer Bolsson
- Prof. Anderson Ellwanger
MAIS UNIFRA. Pré-natal Odontológico. Santa Maria, RS: Unifra, 2018. Online. Disponível em: http://maisunifra.com.br/conteudo/pre-natal-odontologico/.
Bibliografia
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Espaço do professor
Introdução
Por que o pré-natal odontológico é importante?
A gravidez é um momento de muitas expectativas na vida da mulher, envolvendo tanto mudanças no corpo, nos hormônios e até mesmo no comportamento (NASCIMENTO et al., 2012). Nessa fase, a realização do pré-natal odontológico é importante, pois a gestante está mais preparada para receber informações, melhorar suas atitudes, estando disposta à alteração e adoção de hábitos saudáveis em benefício da própria saúde e da saúde de seu bebê (VIEIRA; ZOCRATTO, 2007). A mãe tem um papel fundamental no desenvolvimento da criança e também na promoção da saúde da boca de toda a sua família (CENGIZ, 2007).
Odontologia para gestantes
Como deve ser o tratamento odontológico da gestante?
No pré-natal odontológico, a saúde bucal da gestante deve ser examinada por uma equipe capacitada, que faça com que ela sinta-se à vontade para tirar todas as suas dúvidas, e segura para realizar o tratamento, caso isso seja necessário.
O medo das gestantes de fazerem procedimentos odontológicos existe, e está baseado em crenças de que o tratamento pode prejudicar a gravidez e causar problemas ao bebê e à mãe (ECHEVERRIA; POLITANTO, 2014). Sabe-se, que o atendimento odontológico pode ser feito em qualquer momento da gestação, desde que a mulher tenha boas condições de saúde e alguns cuidados sejam tomados. É importante a comunicação com o médico da paciente para ter outras informações sobre seu estado geral de saúde (AMMARI; KONISHI; DAMIAN, 2013). Esta ação, junto com uma entrevista detalhada sobre a saúde da paciente, será usada para a realização de um tratamento odontológico adequado e seguro.
Durante o tratamento odontológico, é fundamental que a gestante tenha todos os focos de infecção, como cárie(s) e doenças inflamatórias na gengiva. E tão importante quanto o tratamento restaurador, serão as informações passadas pelo dentista sobre os cuidados para prevenir as doenças da boca.
O ambiente de atendimento deve ser tranquilo, o dentista tem que dar segurança para a gestante, evitar que esta sinta desconforto e/ou ansiedade e, procurar explicar todas as dúvidas da paciente. São indicadas consultas curtas, principalmente, no segundo trimestre de gravidez, quando o tamanho do útero já está maior (AMMARI; KONISHI; DAMIAN, 2013).
2. Controle dos sinais vitais.
Na gravidez é necessário fazer o controle dos batimentos cardíacos, respiração, pressão arterial e também deve-se medir o açúcar do sangue (ECHEVERRIA; POLITANTO, 2014). Alguns problemas como hipoglicemia, enjoos, vômitos e a síndrome da hipotensão postural podem aparecer durante o atendimento odontológico, sendo necessário interrompê-lo e a paciente levantada (HOLDER et al., 1999).
3. Posição da gestante durante o atendimento.
No terceiro trimestre de gestação é preciso cuidar a posição da paciente na cadeira, porque o maior peso do feto pode causar pressão das veias do abdômen, diminuindo o retorno do sangue para os membros inferiores (cintura pélvica, coxa, perna e pé) causando a queda da pressão arterial quando a paciente é colocada em pé. Desta forma, o dentista deve colocar uma almofada para levantar a parte direita do quadril de 10 a 12 cm ou a gestante deve ser deitada na cadeira virada para o lado esquerdo para impedir o aperto da veia cava inferior pelo útero (ANDRADE, 2006).
Os exames de raio X, quando forem necessários devem ser realizados, pois a quantidade de radiação que um bebê recebe quando a mãe faz um raio X no dentista, é muito menor que a dose necessária para causar problemas na criança. O bebê é mais sensível à radiação entre a segunda e a sexta semana de gestação. As radiografias não precisam ser evitadas, porém o melhor momento para realizá-las é o segundo trimestre de gravidez (ZLOTNIR, 2001). Apesar disso, alguns cuidados devem ser tomados como usar o avental de chumbo como proteção e utilizar filmes ultra-rápidos com menor tempo de exposição (0,2 a 0,3 segundos) e evitar que haja repetições de radiografias (LITTLE et al., 2002).
5. Anestesia.
Para fazer procedimentos, é importante escolher um tipo de anestésico adequado, aplicar de maneira correta a menor quantidade necessária para o controle da dor, obedecendo o limite máximo de 2 tubetes (embalagens de anestésico) por sessão de atendimento (AMMARI; KONISHI; DAMIAN, 2013). O anestésico chamado lidocaína 2% é recomendado como primeira opção para mulheres grávidas (nesse deve-se usar o vaso constritor epinefrina (adrenalina), na concentração 1:100.000) (ECHEVERRIA, POLITANTO, 2014). Quando usados em quantidades certas, os anestésicos são seguros, tanto para as gestantes quanto para as mulheres que estão amamentando (SILVA; STUANI; QUEIROZ, 2006).
Por muito tempo, o uso de anti-inflamatórios não-esteroides. pode prejudicar a circulação do feto, pelo risco de acontecer falha nas contrações uterinas e/ou fechamento antecipado do canal arterial do bebê, por isso devem ser usados por tempo limitado e com muito cuidado no último trimestre de gestação (SILVA; STUANI; QUEIROZ, 2006). Sabe-se que o analgésico paracetamol é a melhor escolha para dor leve a moderada (MAMELUQUE et al., 2005). Sobre os antibióticos, a tetraciclina pode trazer risco para a mãe e o bebê, isso porque complicações no fígado e no pâncreas podem alcançar o feto e causar malformações e manchas nos dentes de leite e problemas de crescimento ósseo (SILVA; STUANI; QUEIROZ, 2006). No período gestacional, o uso das penicilinas é considerado seguro (cefalosporinas de primeira e segunda geração e eritromicinas, menos na forma de estolato, também são consideradas seguras (LITTLE et al., 2008) (LITTLE et al., 2008).
7. Orientações para os cuidados com a saúde bucal.
É indicado que as grávidas mantenham uma dieta equilibrada, escovem os dentes com pasta de dente (dentifrício) contendo flúor pelo menos duas vezes ao dia, com escova dental com cerdas macias e de tamanho adequado para a sua boca, façam uso do fio dental pelo menos uma vez ao dia e marquem consultas regularmente para profilaxia profissional. O uso de materiais que liberam flúor, bochechos com flúor e aplicações de flúor pelo cirurgião-dentista devem ser feitos para prevenir a doença cárie (KONISH; KONISH, 2002).
Os enxaguatórios bucais são recomendados na gravidez, sendo a clorexidina eficaz e segura no controle da gengivite durante a gestação (HOLDER et al., 1999). Quanto à alimentação, os nutrientes, adquiridos na dieta, têm um papel importante para a nutrição da mãe e para o desenvolvimento do bebê (KONISH; KONISH, 2002). O paladar da criança começa a se desenvolver em torno da 14ª semana de vida intra-uterina, portanto se a mãe comer muito doce a partir desta fase, o bebê pode ter preferencialmente o gosto voltado para alimentos açucarados, o que não seria interessante para a sua saúde (MEDEIROS, 1993). Para completar as necessidades da mãe e do bebê e garantir o crescimento correto da criança, o açúcar natural dos alimentos é suficiente (KONISH; KONISH, 2002). Ainda, é recomendado que o dentista motive a gestante a amamentar somente no peito até os seis meses de idade, bem como, dê orientações a respeito da saúde da boca do bebê, dando dicas sobre o uso da chupeta, o hábito de chupar os dedos e a cárie de mamadeira (doença que acontece principalmente em bebês e, está relacionada à ingestão de líquidos açucarados e a ausência de higiene bucal durante a noite) (ECHEVERRIA; POLITANTO, 2014).
Saúde bucal da mãe
O que pode ocorrer com a gestante se ela não cuidar de sua saúde bucal? Acesse o objeto abaixo e saiba mais sobre o tema.
Saúde bucal do bebê
Informações importantes para a saúde bucal do bebê
A Odontologia para bebês e todo atendimento odontológico realizado em crianças entre o nascimento e os três anos de idade, para manter a saúde bucal, de maneira que o tratamento seja educativo-preventivo (MAGALHÃES et al., 2009). Visitar o dentista no primeiro ano de vida ajuda nos cuidados da saúde bucal e também que as crianças cresçam já acostumadas com os consultórios dentários (MELO E WALTER 1997).
É indicado que os pais levem seus bebês ao dentista ainda nos primeiros meses de vida, porque existem problemas que podem atingir os recém-nascidos. O dentista irá avaliar a boca para examinar possíveis doenças que possam aparecer mesmo antes do nascimento dos primeiros dentes de leite (dentes da primeira dentição), como fissuras ou fendas no céu da boca e lábios, dentes natais ou neonatais (presentes na boca ao nascimento ou logo após o nascimento do bebê) e, a língua presa (freio lingual curto) (BERKOWITZ, 2006). Estes problemas podem até mesmo dificultar o aleitamento materno, e consequentemente prejudicar o desenvolvimento do bebê. O dentista irá também, dar explicações sobre as doenças bucais e como evitá-las.
É uma doença ligada ao hábito de amamentação por muito tempo e diretamente associada ao conteúdo de carboidrato fermentável que está no leite oferecido para a criança, podendo acontecer desde o nascimento dos primeiros dentes, devido ao aleitamento noturno, até mesmo de leite materno, uso de mamadeiras com açúcar, o consumo de alimentos açucarados (LOSSO, 2009), e a não realização da higiene da boca corretamente depois.
Deve ser iniciada antes mesmo do nascimento dos primeiros dentes. Para os recém-nascidos, a limpeza da boca deve ser feita usando um tecido limpo ou gaze umedecida em água filtrada ou soro fisiológico sobre a gengiva, percorrendo toda a boca do bebê, para criar o hábito de limpeza (OLIVEIRA; SANTOS; NADANOVSKY, 2012).
Depois do nascimento dos primeiros dentes, momento que normalmente ocorre junto com o início da alimentação complementar, é importante fazer a escovação dentária com pasta de dente que tenha flúor. É recomendado escovar os dentes pelo menos duas vezes ao dia, com escova de dente com cerdas macias e tamanho adequado para a boca da criança, e usar pasta dental com no mínimo 1000ppm de flúor, sendo que a quantidade de pasta depende da idade. A recomendação para as crianças até 2 anos é uma quantidade do tamanho de um “grão de arroz cru” por escovação. Depois disso, a quantidade pode ser aumentada aos poucos até o tamanho de um grão de ervilha. Cabe lembrar que o flúor, quando engolido em grande quantidade durante a formação dos dentes causa fluorose dentária. É recomendado o uso da escova de dente com cerdas macias e tamanho adequado para a boca da criança, usando creme dental com flúor em pequena quantidade (OLIVEIRA; SANTOS; NADANOVSKY, 2012).
A higiene bucal deve ser feita pelos pais ou responsáveis, porém, a criança deve ser ensinada. Os pais farão a escovação dental e o uso do fio dental na criança até mais ou menos os 6 anos, idade em que ela costuma apresentar coordenação motora correta para fazer esses procedimentos (CADERNOS DE ATENÇÃO BÁSICA, 2006).
3. Sobre a alimentação.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), indica o leite materno como o alimento mais completo para o bebê e que só este alimento deve ser oferecido até os seis meses de vida da criança. O aleitamento materno é importante para o correto crescimento das estruturas bucais e da musculatura da face e boca que, por sua vez, irá dirigir o desenvolvimento das funções fisiológicas, garantindo qualidade de vida e sobrevivência (BERVIAN; FONTANA; CAUS, 2008). Não poder amamentar, pode prejudicar as funções da mastigação, deglutição (ato de engolir os alimentos) e articulação dos sons da fala e, possibilitar a instalação de más-oclusões dentárias (SILVA, 2006). O aleitamento materno é importante pois protege de doenças e ajuda no desenvolvimento emocional da criança. Depois deste período deve-se incluir lentamente comidas saudáveis à dieta, evitando-se o consumo do açúcar muito cedo. No momento em que a mãe começar a oferecer outros alimentos para a criança, deverá usar somente copos e colheres, evitando o uso de mamadeira. Quando a criança estiver um pouquinho maior, o contato com o açúcar será inevitável, e é difícil a proibição do seu consumo. Mais do que tentar retirá-lo, deve-se buscar sua utilização de maneira cuidadosa.
4. O recém-nascido precisa desenvolver o hábito de sugar
Que pode ser feito através da forma nutritiva ou não-nutritiva. A nutritiva fornece os nutrientes alimentares, através do aleitamento natural ou artificial, enquanto a não-nutritiva, é feita através da chupeta e do hábito de chupar os dedos, que oferece à criança a sensação de bem-estar, prazer e proteção. Os hábitos de sucção não-nutritiva quando realizados por muito tempo podem trazer problemas para o desenvolvimento da boca e dentes (POYAC, 2006). Assim, a chupeta é apenas um complemento, para acabar com a necessidade de sucção e não deve ser usada como forma de acalmar a criança, assim como não deve ser oferecida a todo momento, como por exemplo, pendurada em um cordão para que a criança possa usar quando quiser (SIMIONI; COMIOTTO; RÊGO, 2005). Para sua eliminação, é preciso que os pais e profissionais entendam que tirar o hábito não provoca problemas ao desenvolvimento físico, psicológico e social da criança, a não ser por um determinado momento em que ela pode ficar abalada até se acostumar (FÓFANO et al., 2009).
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